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novembro 2014

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Roda de Tambor e Arte

3 roda de tambor

 

Roda de tambor é uma experiência encantadora.
Compartilhar experiências rítmicas e musicais, integrando com o grupo e vivenciando um sentimento de bem estar.
O tambor, cria uma consciência diferente, um estado de oração, sensações inexplicáveis. Criar, pintar será a forma de “falar” de coração para coração.
Este é convite, não precisa ter talento, nem tampouco treinamento. O objetivo é de ter uma noite totalmente relaxante, de prazer.

 

Facilitadores:

Arteterapeuta Aline Barcelos e Musico Luiz Felipe

Domingo: 30 de novembro/14 – 16h

Local: Atelier Arte de Ser
Av. Tucuruvi, 1006 (ao lado do shopping Metrô Tucuruvi)

Contribuição: 35 reais
Confirmar presença pelo email: alinebarcelos@globo.com
Vagas limitadas!

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Mario Quitana

O Poeta é Belo

O poeta é belo como o Taj-Mahal

feito de renda e mármore e serenidade

O poeta é belo como o imprevisto perfil de uma árvore

ao primeiro relâmpago da tempestade

O poeta é belo porque os seus farrapos

são do tecido da eternidade

Mario Quintana )

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Falando sobre Arteterapia

Entrevista Selva Ciornai, sobre o que é Arteterapia

 

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Walter Sebastião – Jornal Estado de Minas

W.Sebastião: O que é, afinal, arteterapia? Como a arte pode funcionar como terapia? É um conceito diferente de Terapia Ocupacional?

Selma Ciornai: Arteterapia é a utilização de linguagens artísticas, predominantemente plásticas, de símbolos, metáforas e, de forma geral, da criatividade, em processos terapêuticos. A arte é uma expressão humana desde a Idade da Pedra, e como tal é uma necessidade tanto individual como social. Porém, funciona como terapia quando utilizada em um enquadre terapêutico. Por trabalhar com o criativo, lida com o novo e processos de criação artísticos, por envolverem os sentidos, o "fazer", são em geral muito revitalizantes e, às vezes, também relaxantes.

Proporcionam a possibilidade de ver "o velho" com "um novo olhar" , de reconstruir de formas novas velhas percepções. Além disso, ao contrário dos sonhos, os trabalhos de arte são sempre surpreendentes para a pessoa que cria, que pode encontrar no trabalho que criou uma fonte de reflexão e auto-conhecimento. E neste sentido, a arteterapia facilita o encontro da pessoa com seu eu mais autêntico.

Difere da terapia ocupacional em princípio pelo próprio nome, pois a arteterapia não tem por intenção "ocupar", mas proporcionar experiências de criação, auto-conhecimento e crescimento pessoal. Acho que não só as atividades propostas diferem, como também a própria atuação do terapeuta. No entanto, ouço dizer que há correntes mais modernas em terapia ocupacional que ampliam seus objetivos nesta direção.

W. Sebastião: Como surgiu a arteterapia?

Selma Ciornai: Apesar de que o interesse pelos trabalhos de arte de pacientes psiquiátricos como elemento diagnóstico já vinha acontecendo na Europa, a Arteterapia surge como profissão nos EUA isto é, logo após a segunda guerra mundial, através do trabalho de Margareth Naumburg. Inicialmente professora de arte em escolas de vanguarda em Nova York, Naumburg, ao perceber como a arte ajudava as crianças e adolescentes em seus processos de desenvolvimento pessoal, interessou-se durante a década de 30 e 40 em explorar sua eficácia também no campo da psicoterapia e da psiquiatria, publicando sua primeira pesquisa em 1947. E desde então, este campo se desenvolveu e ramificou em várias linhas e escolas.

W. Sebastião: Existe doenças para os quais a arte é especialmente recomendada?

Selma Ciornai: Bem, como já disse a arteterapia não atua só em "doenças", atua também em trabalhos de cunho preventivo, atualmente chamados de "promoção de saúde" , e na facilitação de dificuldades na vida que todos experienciam, como conflitos pessoais ou familiares, tristezas, medos, etc. Em relação à doenças, eu destacaria como especialmente favorecidas aquelas em que a expressão e a comunicação verbal estão mais comprometidas, seja por um comprometimento cognitivo (como em alguns distúrbios psiquiátricos) , seja devido ao fato de que a linguagem verbal às vezes é muito crua e dura para falar de experiências mais traumáticas e dolorosas; a imagética, a linguagem simbólica e metafórica , permitem expressar sentimentos e sensações de um outro jeito, por uma outra via. Um exemplo pungente é a obra de Frida Kahlo.

W. Sebastião: E existem artes particularmente "úteis" como terapia?

Selma Ciornai: Não, mas acho que cada linguagem artística tem suas características, que evidentemente irá facilitar mais certos processos. Por exemplo, nas artes plásticas, cria-se um "trabalho", que pode servir de fonte de reflexão para a pessoa, e, também, atuar como objeto facilitador de contato e comunicação com o terapeuta e outros participantes de um grupo de forma menos "ameaçadora" do que uma dança, uma performance ou um cantar individual. A música por outro lado, quando cantada junto, cria instantaneamente um sentimento de comunhão e harmonia grupal, que, em um trabalho de artes plásticas só se alcança após um processo mais longo de criação grupal.

W. Sebastião: Podia falar dos títulos e dos objetivos da coleção “Percursos em Arteterapia”?

Selma Ciornai: Bem, iniciei em 1989 um curso de extensão em Arteterapia no Instituto Sedes Sapientiae, que em 1990, a pedido dos alunos, se transformou no 1º curso de Especialização em Arteterapia a ser dado em uma instituição acadêmica em São Paulo. Em 1989, ao comemorarmos 10 anos de existência, surgiu a idéia desta publicação, que já celebra 15 anos de nossa existência!

Os objetivos desta série foram então, por um lado , fazer um registro deste nosso percurso , ou melhor dizendo, dos nossos "vários" percursos nestes 15 anos, pois a partir do eixo e da fundamentação teórica comum que nos identifica e caracteriza, cada profissional formado utilizou suas experiências, tanto prévias como atuais, assim como sua criatividade, no desenvolvimento de uma forma própria de trabalho, freqüentemente pioneira, em seu campo específico de atuação.

A série "Percursos em Arteterapia" traz de forma didática tanto a fundamentação terapêutica e teórica básica que dá eixo e norteia a formação que damos (a parte sobre "Arteterapia Gestáltica" que consta do 1º volume da série) , como também suas aplicações em áreas diversas — todas teoricamente fundamentadas ao mesmo tempo que ilustradas através de casos e exemplos práticos.

O 1º volume, é constituído por 3 partes: "Arteterapia Gestáltica, Arte Psicoterapia e Supervisão em Arteterapia"

 

O 2º volume por "Ateliê Terapêutico, Arteterapia no Trabalho Comunitário, Integrando Trabalhos Plásticos com Linguagens Expressivas e Arteterapia e História da Arte"

O 3º por "Arteterapia no Contexto Educacional, Psicopedagógico e de Saúde".

Por outro lado, ao ler estes textos percebe-se claramente tanto a formação comum do qual derivam, quanto a diversidade dos trabalhos e estilos apresentados. Por isso no prefácio comparei a série à uma árvore, que tendo raízes e um tronco sólido e consistente comum, ramifica-se em várias direções, gerando novos frutos e folhagens. Neste sentido, um outro objetivo que procuramos deixar claro é o da necessidade de uma formação consistente na área, pois evidentemente para ser arteterapeuta não basta ser artista e gostar de trabalhar com pessoas ou ser psicólogo e gostar de arte. Arteterapia é uma área transdisciplinar que exige uma formação série, consistente e específica.

 

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